quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Não sei mesmo!

Desculpem-me os moralistas, os certinhos, os contidos, os previsíveis, os medíocres, os parados, os descrentes, os realistas, os preconceituosos, os medrosos e os que têm os pés no chão. Não sei ser nada disso. Não sei ser pouco, ser metade, ir devagar, levar com a barriga, não expor o que quero. Não sei não lutar, não correr atrás, não viver plenamente. Não sei não rir, não brincar. Não sei não enfiar a cara, não lutar pelo que quero. Não sei sentar e esperar que as coisas caiam no meu colo ou que mudem de uma hora pra outra.Não sei acreditar em teorias quando os fatos não condizem. Não sei deixar para amanhã o que quero, e posso, nesse instante. Não sei não sonhar, não fazer planos, não planejar. Não sei... Não sei...

Mas eeeeei, nem quero saber!

A vida é muito curta.. Não permite ensaios, como dizem por aí. E se amanhã eu nem estiver mais aqui? E se eu estiver impossibilitada? E se mudarem meus sentimentos? E se? Prefiro não arriscar. Tenho plena certeza que é mais infeliz aquele que se arrepende por não ter feito do que aquele que, ao menos, tentou.

Se eu aprendi alguma coisa nesse início de vida é que do chão a gente não passa. Pode doer, mas cura. Nada nem ninguém é insubstituível. Posso mudar meus conceitos, mas não meus princípios. Caráter também não se muda. E personalidade muito menos. E que não devo deixar de fazer nada por medo. O medo passa logo, o arrependimento não. Se não for pra tentar fazer valer a pena, então qual o motivo de fazer?

Gosto de ser eu mesma, sem me importar com o que os outros pensam. O que você acha de mim é problema seu. Não sou perfeita, nem faço questão de ser, gosto de mim assim... Mimada, carente, sorridente, atenciosa, apaixonada, palhaça, batalhadora, humana. Se queres fazer parte da minha vida, tens que gostar também. Aqueles que realmente se importam comigo não ousariam exigir que eu mude. Derrepente sugerir, mas exigir? Jamais!

Quero, lá na frente, olhar para trás e pensar que valeu a pena, que eu fui feliz e que não fui só mais uma. Quero fazer minha passagem por esse planeta valer a pena, nem que seja por não ter me intimidado aos mínimos problemas. Quero deitar a cabeça no travesseiro e dormir tranquilamente. Quero ter boas e intensas lembranças. Quero que as pessoas que eu amo sintam orgulho de mim. Quero me orgulhar da minha história!

Errar, voltar, começar de novo. Cair dez vezes, levantar onze! Perdoar afinal: olho por olho e o mundo acabará cego. O importante não é viver, é viver bem, intensamente. Um homem não está acabado quando ele é derrotado, mas quando desiste. O impossível é questão de tempo e opinião. Mesmo depois do leite derramado é importante pensar que a vida continua e a vaca não morreu.

Enfim, não suporto ser mais ou menos, não seja também, por favor!